Saúde de Barra dos Coqueiros está um caos. Faltam remédios, a telemedicina fracassou e filas continuam

Saúde de Barra dos Coqueiros está um caos. Faltam remédios, a telemedicina fracassou e filas continuam

Falta de medicamentos na farmácia do município, poucos especialistas, filas de espera para consulta e um serviço de Telemedicina que fracassou. Esse é o quadro atual da Saúde na Barra dos Coqueiros, onde um veterinário é o secretário adjunto. 

A Prefeitura da Barra dos Coqueiros promoveu uma publicidade enganosa ao anunciar que a Telemedicina implantada em março desse ano solucionaria os problemas da Saúde Pública do município. Até agora, somente 700 pessoas foram atendidas em 10 meses de funcionamento de consulta remota, uma média de 70 por mês. É um claro sinal de fracasso no serviço de Teleconsulta. 

O serviço contratado pelo prefeito Alberto Macedo é caro e ultrapassado. Enquanto empresas modernas oferecem um serviço na palma da mão, com acesso ao médico através do app no celular, na Barra dos Coqueiros o paciente sai do povoado e vai até o Hospital de Pequeno Porte ou no Centro de Especialidades para ser atendido. O atendimento é feito numa sala com TV e na presença de um servidor que assiste à consulta, o que fere o direito fundamental à privacidade e a intimidade do cidadão. 

A empresa contratada pela Prefeitura da Barra oferece apenas 4 especialidades: Neurologia, Neuropediatria, Cardiologia e Endocrinologia. Enquanto isso, uma empresa como a "Vida Class", que é líder no mercado em Telemedicina, oferece um amplo leque de serviços, com todas as especialidades por um custo bem menor. No "Vida Classe", médicos conceituados, à exemplo do Hospital Albert Einstein, realizam consultas 24 horas por dia, 7 dias na semana. O atendimento da empresa luso-brasileira é feito pelo celular, o que evita o deslocamento do paciente.  

 

 A BARRA EM DÉFICIT 

 Em matéria publicada no site da Prefeitura da Barra sobre a Telemedicina, a aposentada Rita de Cássia, revela que seu sobrinho estava com problemas de saúde há 6 meses. O agravamento do quadro de saúde do menor de 3 anos, decorreu pela demora no atendimento, segundo informou na matéria Dona Rita. Essa é mais uma prova de que a Saúde Pública na Barra era ruim e continua com um déficit alto, tanto no atendimento, quanto em resolutividade. 

O secretário municipal de Saúde, Fábio Machado, também reconhece que a gestão na saúde tem suas deficiências. Em matéria da Secretaria de Comunicação publicada no site da Prefeitura, Fábio confessa que somente cerca de 20% dos atendimentos da saúde na Barra foram absorvidos pelo novo serviço. De acordo com o raciocínio do secretário da Saúde da Barra, o município só atende por mês 350 pacientes, sendo que 70 através de Telemedicina.

Lamentavelmente, a prefeitura vem gastando altas cifras em um contrato milionário de telemedicina para "inglês ver", que não resolve nada.