Aracaju: PT poderá ser surpreendido pelo PSOL

Com a ausência de sintonia entre correntes do PT em Aracaju, as quais estão rivalizando até externamente, a pré-candidatura a prefeitura do PSOL, por meio do nome da advogada Niully Campos, começa a ganhar expectativa de maior projeção política.

Quando "Rogeristas" partem para o ataque a militantes "Marcistas", apontando-os como sendo adeptos ao governo Mitidieri, essa ação acaba provocando fissuras difíceis de serem reconstruídas. O fato do ministro Márcio Macedo tratar o governador de maneira republicana, isso não o torna indigno ou menos petista que os demais. Pelo contrário, o insere na mesma direção do comportamento político adotado pelo Presidente Lula, que sabe construir bem política de coalizão.

Essas divergências infantis, além de enfraquecer publicamente a legenda, poderá acentuar a queda eleitoral que o PT vem sofrendo na capital durante os últimos anos.

Naturalmente, esta postura autofágica, deverá favorecer um possível fortalecimento do projeto eleitoral do PSOL em Aracaju, uma vez que a sua pré-candidata Niully, que é uma militante de esquerda bastante experiente e qualificada, deverá navegar com maior tranquilidade no mar da esquerda.

Após a desistência de Eliane Aquino (PT), em concorrer a prefeitura aracajuana em 2024, o PT perdeu o seu melhor nome para colocar em disputa. Por isto, o nome do senador Rogério Carvalho (PT) vem sendo bastante lembrado internamente como a opção mais forte, uma vez que este saiu muito bem votado na última disputa pelo governo.

Entretanto, mesmo diante de um cenário político bastante delicado e desafiador para o PT neste momento, que exigiria um nome de maior centralidade e expressão eleitoral para tentar unificar a militância, o senador insiste em realizar um experimento eleitoral, através do nome da sua esposa, a competente jornalista Candisse Carvalho.

Nada de pessoal contra esta militante dedicada, mas em uma circunstância tão adversa, em que estrategicamente o PT precisa reagir as intempéries, essa aposta tão alta seria um risco demasiado para todo um conjunto partidário.

Se o PT não buscar ser reconciliar consigo mesmo e, também, não apresentar um nome mais "cascudo" e pronto para está disputa, o PSOL poderá ocupar o espaço que seria destinado ao PT.

Enquanto petistas divergem e brigam publicamente, Niully Campos, que é uma militante construída através da sua reconhecida capacidade de luta, deverá encontrar forte identificação com inúmeros militantes insatisfeitos com a condução política artificial, que vem sendo pautada dentro do PT 

Por isto, se PT aracajuano não apresentar um projeto eleitoral que centralize mais a unidade partidária, através de um nome com expressão política comprovada, correrá o risco de ser surpreendido pela pré - candidatura posta pelo PSOL na capital.