Fracasso na mobilização partidária marca escolha do nome de Candisse

Fracasso na mobilização partidária marca escolha do nome de Candisse

No último sábado, 24, o diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), de Aracaju, realizou o encontro o seu encontro de delegados, para a escolha do nome que representará a legenda na disputa pela prefeitura da capital.

Entretanto, o evento partidário escancarou o fracasso do projeto político da chapa "Aracaju é PT", liderada pela jornalista Candisse Carvalho, esposa do senador Rogério Carvalho e pré-candidata à prefeitura. A chapa, que é apontada por alguns setores petistas, como uma tentativa de impor uma candidatura sem diálogo com as demais forças internas.

Durante o encontro petista, ficou claro que o nome de Candisse não conseguiu convencer fundamentais correntes partidárias, a exemplo do "movimento PT", "construindo um novo Brasil" e a "Avante". Estas, por discordância com os rumos do PT em Aracaju, optaram por não participarem do processo.

Dos 7.876 afiliados aptos a participarem do processo de escolha, somente 257 apoiaram a chapa única, o que corresponde a pouco mais de 3% do total. Esse baixo índice de envolvimento da militância, confirma a fragilidade do processo interno do partido, além de gerar dúvidas sobre a legitimidade da pré-candidatura de Candisse Carvalho.

Mesmo com todas as pompas e o aparente entusiasmo da isolada corrente Rogerista em apoio ao nome familiar, os números confirmam que a jornalista não contaria com apoio expressivo da militância, neste momento democrático.

A votação, que tinha como objetivo escolher os delegados e delegadas que irão participar do encontro municipal do PT em Aracaju, previsto para o dia 09 de março, evidencia a necessidade de uma mudança de rumo. A chapa única para a disputa, não teve uma adesão significativa da base de filiados, mostrando a urgência de estratégias mais democráticas e participativas para definir o futuro do partido. 

O resultado decepcionante, levanta questionamentos sobre a capacidade do PT em mobilizar seus membros para decisões cruciais, tornando imprescindível uma revisão nas estratégias de engajamento para assegurar uma representação mais fiel e ativa da base partidária.