O ex-prefeito de Boquim, Eraldo de Andrade (sem partido), reagiu com veemência às revelações feitas neste espaço no último domingo (06), quando trouxemos à tona uma possível reaproximação política do líder oposicionista com o governador Fábio Mitidieri (PSD). A análise, baseada em fontes fidedignas, revelou que Eraldo teria fechado alianças com o deputado estadual Pato Maravilha (PL) e o dirigente do União Brasil, André Moura — ambos ligados ao grupo governista  — para que estes fossem os mensageiros desse possível reencontro político.

A publicação teve ampla repercussão e gerou incômodo entre os aliados de Eraldo, muitos dos quais ainda ressentidos com o rompimento político promovido por ele em 2024, que culminou na derrota de seu grupo nas urnas e na perda de espaços na máquina pública. Ao tomarem conhecimento do suposto plano de reaproximação com Mitidieri, esses aliados teriam pressionado o ex-prefeito, cobrando explicações sobre a possível contradição política.

Segundo apuração, o movimento de Eraldo teria como objetivo reposicionar seu nome no tabuleiro político visando a eleição municipal de 2028. A estratégia passaria pelo apoio de Moura e pela influência local de Pato Maravilha, numa tentativa de neutralizar uma eventual candidatura à reeleição do atual prefeito Jackson do Mangue Grande (PSD) — que conta com respaldo do governador.

Contudo, a repercussão da análise publicada desmontou os planos silenciosos do ex-prefeito, expondo tratativas que vinham sendo costuradas longe dos olhos da opinião pública. Confrontado pela base, Eraldo tratou de emitir nota negando qualquer tentativa de reaproximação com Mitidieri. Segundo interlocutores, o ex-prefeito ficou visivelmente desconfortável com o desgaste provocado pela revelação e tenta, agora, conter o fogo amigo dentro do próprio grupo político.

O episódio acendeu um alerta sobre as práticas recorrentes na política local, onde lideranças muitas vezes priorizam a manutenção de seus privilégios pessoais em detrimento da coerência política e do compromisso com os aliados. Como reflexo, restam a frustração e o desemprego para aqueles que seguiram o líder em decisões radicais, acreditando em uma oposição firme, mas que agora pode estar sendo revista conforme as conveniências do momento.

Segue a postagem feita pelo ex-prefeito, Eraldo de Andrade, nas redes sociais: