Prefeito de Neópolis torra dinheiro público: mais deR$ 3 milhões com locação de veículos e oficina mecânica
11/01/2024 às 10:59:09
Gastos exorbitantes da Prefeitura de Neópolis com a contratação da LL Locadora de Veículos e Oeste Serviços e Distribuição LTDA (Stop Car) revoltam os moradores do município. A locação de veículos e a manutenção mecânica e elétrica dos carros custam aos cofres públicos mais de R$3 milhões.
Somente em um carro de luxo, de marca Toyota, modelo Corolla, ano 2019, o prefeito Célio Lemos Bezerra, “Célio de Zequinha”, paga mensalmente pelo aluguel o valor de R$10.200,00 (dez mil e duzentos reais). Ao ano, chega ao valor de R$122.400,00 (cento e vinte e dois mil e quatrocentos reais). Com essa quantia, é possível comprar um Corolla novo a cada ano, e ainda sobrar R$32.400,00 (trinta e dois mil e quatrocentos reais) aos cofres da Prefeitura.
“É um absurdo! Uma cidade sem médicos e o prefeito gastando mais de R$10.000 (dez mil reais) para alugar um carro à disposição do gabinete do prefeito. É muito descaso com o povo, que não é palhaço”, desabafou um popular. "Nós queremos mudar essa realidade no município de Neópolis, colocando um gestor que tenha compromisso com a saúde da população", complementa o cidadão indignado.
“A população aqui em Neópolis sofre bastante: Falta de medicamentos. Nas escolas as crianças têm uma alimentação fraca. Diversas ruas nos povoados estão sem calçamento. É esgoto a céu aberto, além de diversas obras inacabadas há mais de um ano”, desabafou outra moradora.
Outra reclamação recorrente de moradores do município de Neópolis, é o gasto elevado com manutenção da frota da Prefeitura. Os custos altíssimos com consertos e reparação de peças dos veículos chamam a atenção de políticos, sindicatos e entidades da organização civil. O contrato médio de R$2 milhões com a Stop Car - Oeste Serviços e Distribuição LTDA é considerado um abuso.
Comenta-se que órgãos de controle e fiscalização já estariam dispostos a analisar minuciosamente os contratos e gastos da Prefeitura com as compras de peças e manutenção dos veículos, que compõem a frota do município. O caso deve ser encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado de Sergipe e, após manifestação técnica da Corte, a questão pode ser judicializada para investigação de prática de ato de improbidade administrativa.