O ‘jeito novo’ de Sérgio Reis: cortes para os mais humildes e milhões em publicidade para uma gestão que não anda

21/10/2025 às 14:28:18

O prefeito de Lagarto, Sérgio Reis (PSD), eleito sob a promessa de realizar uma gestão com um “jeito novo”, vem se notabilizando, na prática, por métodos antigos. Os serviços públicos e os servidores municipais seguem à deriva, enquanto o dinheiro público é direcionado para áreas que não figuram entre as prioridades da população.

Logo no início do mandato, o prefeito apresentou uma polêmica reforma administrativa, que resultou na criação de cerca de cinco novas secretarias e aproximadamente 800 novos cargos comissionados, além de gratificações que podem chegar a 200%. Agora, passados alguns meses, a gestão começa a dar sinais de fadiga financeira, refletida nas demissões em massa de trabalhadores contratados, muitos deles pais de família que exerciam funções humildes e essenciais. Enquanto isso, cargos de confiança e altos salários permanecem intocados, mesmo após os cortes anunciados.

Em 17 de outubro, o prefeito publicou o Decreto nº 1.292, determinando medidas de contingenciamento de gastos com servidores e prevendo redução de gratificações. Contudo, um dia antes, em 16 de outubro, foi publicado o Contrato nº 134/2026, prevendo despesas de R$ 1,9 milhão com uma agência de publicidade — um gasto que soa contraditório diante do discurso de crise financeira.

A oposição acusa Sérgio Reis de não aplicar corretamente o percentual constitucional mínimo de 15% na área da saúde, o que agrava ainda mais a insatisfação popular. Ao mesmo tempo em que corta na carne dos mais humildes, o prefeito autoriza milionária contratação para promover a própria imagem, reforçando a percepção de que o “jeito novo” de governar prometido em campanha se transformou em velhas práticas de prioridades invertidas.