Ignorado pela oposição, Valmir acena para Mitidieri e admite que pode mudar de lado em 2026

Durante entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Atalaia, apresentado por Fábio Henrique, o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), evitou cravar qual será o seu destino político em 2026. O líder itabaianense, no entanto, voltou a demonstrar insatisfação com o tratamento que vem recebendo dentro do bloco de oposição. Por isso, deixou seu futuro completamente em aberto — inclusive sem descartar uma possível aproximação com o seu maior adversário, o atual governador Fábio Mitidieri (PSD).
Curiosamente, o fato de o PL abrigar a prefeita da capital sergipana — Emília Corrêa, de Aracaju — que em tese deveria servir de combustível político para Valmir se fortalecer na disputa estadual, tem se transformado no seu maior pesadelo. O distanciamento entre Valmir e Emília ficou evidente quando, ao vivo, ele declarou que a prefeita ainda não o procurou para conversar sobre política, “talvez porque ela ache que ele não seja importante o suficiente para dialogar neste momento”
Tal frieza política tem levado Valmir a não descartar a troca de partido, e o mais impressionante: a não rechaçar previamente uma possível migração para o bloco governista. A falta de atenção e de acolhimento por parte das lideranças oposicionistas parece levar Valmir a refletir se vale realmente a pena entrar novamente numa disputa acirrada para o governo — agora contra um Fábio Mitidieri candidato natural à reeleição, amparado pela máquina do Estado.
Enquanto isso, a oposição parece dispersa e mais preocupada com os bônus eleitorais recém-conquistados na Prefeitura de Aracaju, de onde Emília dificilmente deverá se afastar agora, preferindo apostar na própria reeleição antes de pensar em voos maiores. Diante desse cenário de insegurança jurídica, assim como também foi na eleição anterior quando enfrentou dificuldades no judiciário, e também somado a uma eventual candidatura ao governo alicerçada em ambiente oposicionista desunido e hostil, Valmir de Francisquinho parece estar avaliando com cautela qual chão será mais sólido para pisar em 2026.
Pelo visto, Valmir avalia se realmente vale a pena renunciar a um mandato garantido para se lançar em um cenário de fragilidade quanto à sua elegibilidade e enfrentar um governador turbinado pela máquina pública que buscará a reeleição. Será que vale ao “Pato” fazer essa aposta alta em busca do seu grande sonho, contando com o apoio de “aliados” atualmente deslumbrados com as vantagens da estrutura aracajuana e mais preocupados em garantir suas próprias cadeiras no Legislativo estadual e federal? Essa, provavelmente, é a reflexão que ele faz neste momento.