Nesta quinta-feira, 15, a cidade de Itaporanga foi o cenário de um grave incidente envolvendo o vereador Moraes (PDT), aliado da candidata a prefeita Gracinha Garcez (Republicanos). De acordo com informações contidas em um Boletim de Ocorrência (B.O.) registrado na polícia civil, Moraes teria tentado cometer homicídio contra Carliston Diego Tavares, um servidor público contratado da prefeitura, em meio a uma discussão motivada por divergências políticas.

A suposta vítima relata que o vereador o provocou politicamente, e, ao responder à ofensa, foi surpreendido com agressões físicas por parte do parlamentar. A confusão teria se intensificado a ponto de exigir a intervenção de um servidor da câmara e outro vereador, que conseguiram retirar ambos da sede da câmara municipal.

No entanto, a situação tomou rumos ainda mais graves quando, de acordo com o relato, o vereador Moraes foi até seu carro, pegou uma faca e tentou esfaquear Carliston, configurando uma suposta tentativa de homicídio. O servidor teria conseguido desviar parcialmente do golpe, sendo atingido apenas de raspão, e, na sequência, conseguiu desarmar o agressor.

O acontecimento deixou a população de Itaporanga perplexa, diante da possibilidade de uma vida ser ceifada em razão de divergências políticas. O episódio reacende o temor de que a cidade volte às manchetes do noticiário policial por crimes políticos, como já ocorreu no passado, quando Júnior Garcez, irmão da ex-prefeita Gracinha, cumpriu pena em presídio por ter participado do assassinato do deputado estadual Joaldo Barbosa, em janeiro de 2003. Sabemos que são circunstâncias diferentes e os autores são distintos, mas o temor pela violência política é algo aterrorizante.

A polícia civil está investigando o caso para apurar todos os detalhes do incidente, enquanto a comunidade de Itaporanga aguarda, preocupada, os desdobramentos dessa tragédia evitada.