Alberto Macedo se recusa depor em CPI e já cogita abandonar seu auxiliar investigado
Em reposta a perguntas feitas por radialistas, nesta quarta-feira, 25, o prefeito de Barra dos Coqueiros, Alberto Macedo (MDB), tentou justificar o fato de não ter aceitado ir depor em CPI, criada pela Câmara de Vereadores do município, para investigar possível venda de licenças ambientais por parte da prefeitura local. Em sua fala, o gestor afirmou que não aceita se submeter aos questionamentos de uma CPI, na sua visão, “não tem nenhuma credibilidade”.
A Comissão Parlamentar de Inquérito, que iniciou através da figura do secretário de Meio Ambiente da Barra, Edson Aparecido, o qual é o objeto principal de investigação, foi motivada pelo fato deste auxiliar do Prefeito Alberto ter recebido em sua conta pessoal uma transferência bancária, via pix, feita por uma construtora que, supostamente, teria uma licença de um empreendimento “facilitada” pelo servidor investigado.
O prefeito Alberto Macedo, que se diz ser honesto e isento de qualquer envolvimento no suposto caso de corrupção, opta por fugir da oportunidade de dar os seus esclarecimentos e comprovar a seriedade que este tanto assegura. Para isto, evocou a uma decisão judicial para se recusar de prestar esclarecimentos.
Entretanto, quando questionado sobre qual será o destino do seu secretário, o prefeito afirmou que teria aberto um procedimento administrativo para investigar a conduta do servidor. O prefeito, inclusive, já cogita afastar o Edson Aparecido do cargo dentro em breve, caso a sua defesa não convença a equipe que está investigando pela via administrativa. Ou seja, o então aliado politico do prefeito Alberto poderá está próximo de sair da função e ser “jogado às traças” pelo seu atual líder.
É fundamental que o prefeito possa agir com isenção e a devida rigidez com o servidor, mas que ele também não se omita de ir depor a CPI, para comprovar que tem compromisso com a transparência pública.
Sobre o investigado, Edson Aparecido, damos um conselho valioso: “diga toda a verdade e, principalmente, tudo o que sabe”, pois nesta selva animalesca da política é “cada um por si”. O prefeito já deu o seu recado!
Pelo visto, agora é o "salve -se quem puder"?