A Queda da super confiança: O que o passado dos irmãos Amorim pode ensinar a Valmir?
O candidato impugnado ao governo de Sergipe em 2022, Valmir de Francisquinho (PL), após o resultado positivo da vitoriosa correligionária Emília Correia (PL) em Aracaju, começa a estampar essa conquista como se fosse sua, ignorando o esforço constante da candidata em fazer uma oposição firme às gestões do prefeito Edvaldo Nogueira (PDT) e do governador Fábio Mitidieri (PSD) nos últimos dois anos. Enquanto isso, Valmir permanecia em seu próprio mundo, Itabaiana, em um silêncio sepulcral, sem demonstrar a mínima intenção de liderar qualquer oposição.
Agora, ao perceber a iminente vitória de sua ex-colega de chapa — a quem negou passar o bastão no momento de sua impugnação em 2022 —, Valmir surge posando de grande líder da oposição bolsonarista, mesmo tendo se aliado ao petismo de Rogério Carvalho naquele ano.
Após a expressiva vitória de Emília, fruto de seu próprio esforço e determinação, Valmir aparece como um típico “engenheiro de obra pronta”, afirmando ser o grande arquiteto do sucesso na capital. E, por esse motivo, acredita que esse êxito deve ser estendido à sua possível candidatura ao governo em 2026.
Esse Valmir, agora confiante em sua vitória em 2026, parece esquecer os acontecimentos recentes que demonstram que a autoconfiança excessiva pode levar a erros. Na política, muitas derrotas ocorrem quando um agente político tenta antecipar resultados futuros que ainda não se concretizaram. Um exemplo dessa dinâmica pode ser visto no pujante agrupamento liderado pelos irmãos Amorim, que detinham a maioria na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) e uma grande bancada federal. Eles elegeram o então senador Amorim com mais votos do que o governador Marcelo Déda naquela ocasião. No entanto, com esse resultado favorável e, em seguida, com o posterior rompimento com o governo Déda, tornou-se um tema quase unânime nas rodas políticas que os irmãos Amorim aguardavam o final do governo em 2014 para impor uma derrota ao grupo governista. Entretanto, com a morte de Déda, Jackson Barreto assumiu a máquina por apenas nove meses e, nesse breve período, fez nascer a "criança" da derrota dos Amorim.
Esse exemplo ilustra bem como a antecipação de previsões e a autoconfiança excessiva, devido a um resultado favorável, podem impactar um projeto político. Como mencionado anteriormente, acidentes costumam ocorrer em momentos de grande confiança e desatenção. Quem sabe essa derrota em Aracaju não seja um alerta necessário para o governador Fábio Mitidieri, indicando a necessidade de corrigir rotas e evitar erros em 2026? Com a palavra, o tempo e suas respostas...