Ministério Público apura possíveis crimes eleitorais de Padre Inaldo e encaminha caso para Polícia Federal

Ministério Público apura possíveis crimes eleitorais de Padre Inaldo e encaminha caso para Polícia Federal

O prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Padre Inaldo (PP), está sendo investigado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) por possíveis crimes cometidos durante o pleito de 2024. O caso teve início quando o candidato a prefeito Samuel Carvalho (Cidadania) ajuizou um processo contra o atual gestor, acusando-o de disseminar informações falsas. O juiz do caso solicitou a intervenção do Ministério Público e este, por sua vez, pediu que a Polícia Federal (PF) apure as acusações.

Neste processo é apontado que Inaldo teria veiculado um vídeo inverídico, divulgando que Samuel teria tido um caso extraconjugal com sua assessora parlamentar, do qual teria resultado um filho. Neste conteúdo, inclusive, foi utilizado um teste de DNA adulterado e falsificado.

Em outro caso, além de ser acusado de disseminar informações falsas contra Samuel, o prefeito também teria utilizado da sua autoridade para coagir os eleitores do município. Nesta situação, Padre Inaldo foi processado porque, na última semana, durante comícios e reuniões, teria acusado Samuel de roubo, chamando o adversário político de ladrão e repercutindo informações falsas sobre o deputado estadual. 

Dos dois processos apurados pelo MPE, um deles foi encaminhado pela promotora eleitoral Talita Cunegundes Fernandes da Silva para ser investigado pela Polícia Federal (PF) e o outro segue em trâmite no MPE. As situações podem se enquadrar no Art. 323 do Código Eleitoral, referente à divulgação durante período de campanha eleitoral de fatos inverídicos capazes de influenciar o eleitorado e no Art. 300, que dispõe sobre o uso da autoridade para coagir alguém a votar ou não em determinado candidato, ambos com penas de detenção. 

No cenário atual da política socorrense, o atual prefeito tenta fazer de Carminha Paiva (Republicanos) sua sucessora, o que justificaria os recorrentes ataques à honra de Samuel como estratégia para enfraquecer sua candidatura. Caso os crimes sejam confirmados e condenados, Padre Inaldo pode ficar inelegível e até mesmo ser preso.