Aracaju 2024: Sem sinais de polarização, cenário na capital segue equilibrado e imprevisível.

Aracaju 2024: Sem sinais de polarização, cenário na capital segue equilibrado e imprevisível.

A leitura das pesquisas eleitorais recentes sobre a disputa pela prefeitura de Aracaju revela uma mensagem clara: ainda não há sinais de polarização entre os candidatos ao executivo da cidade. Emília Correia (PL), que despontava com larga vantagem na pré-campanha, agora vê seu eleitorado estagnado e os concorrentes avançando de forma equilibrada, configurando um quase empate eleitoral. Diante deste cenário, há quem duvide da garantia de Emília no segundo turno, uma vez que lhe falta algo crucial para a reta final de uma campanha decisiva: uma sólida estrutura política e um agrupamento forte para unir votos. Casos como o de Valadares Filho e Daniele Garcia mostram como a ausência desses fatores pode reduzir a vantagem de candidatos que antes lideravam com folga.

Enquanto isso, Yandra Moura, candidata do União Brasil, tenta emplacar, com ajuda de sua assessoria de comunicação, uma imagem ilusória de polarização entre ela e Emília Correia. Na prática, seus índices são semelhantes aos de Luiz Roberto (PDT), Delegada Danielle (MDB) e Candisse Carvalho (PT).

Luiz Roberto, que até pouco tempo atrás não era um nome amplamente conhecido, vem crescendo nas pesquisas à medida que os eleitores passam a conhecer sua experiência nos cargos públicos que ocupou, especialmente quando sua imagem é associada ao prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), um cabo eleitoral influente com mais de 75% de aprovação popular.

A Delegada Danielle, apesar de algumas incoerências em seu discurso recente, ainda se sustenta com o recall político das suas tentativas anteriores de mandato. Já Candisse, do PT, não pode ser subestimada, dada a força eleitoral de seu partido e sua tentativa de capitalizar o "lulismo". 

Yandra Moura aposta em uma estrutura política e financeira robusta, articulada por seu pai, André Moura, mas intimamente deve compreender as resistências históricas que sua família enfrenta nas urnas da capital. Será que está eleição vai marcar a superação dessa objeção popular? O tempo irá nos revelar...

O cenário permanece adverso, equilibrado e imprevisível. Os números mostram que a polarização está longe de acontecer. O histórico recente das disputas em Sergipe demonstra que o cenário eleitoral pode mudar rapidamente, como nas viradas que levaram Edvaldo Nogueira à prefeitura em 2016, e Belivaldo Chagas e Fábio Mitidieri ao governo estadual nos últimos momentos de suas respectivas campanhas.