Umbaúba: quando quem teve oito anos para agir e não fez agora prefere fazer estardalhaço em época de chuvas

As chuvas que castigaram Umbaúba nos últimos dias não pediram licença, nem combinaram horário. Caíram forte, acima da média, e expuseram — mais uma vez — o óbvio ululante: a cidade ficou anos sem receber o básico do básico em infraestrutura. E agora, adivinha quem aparece para apontar o dedo? Exatamente eles: os mesmos que passaram oito longos anos no comando, viram os problemas crescerem e sequer mexeram uma pedra para resolvê-los.

A Rua Camerino é o exemplo perfeito desse enredo. O bairro sofre com enchentes desde que o mundo é mundo, e quem governou antes nunca saiu do discurso. Nada de drenagem, nada de obra estruturante, nada de planejamento. Só agora, com 11 meses de gestão, a prefeita Juliana Cardoso tomou a iniciativa de comprar o imóvel da Sulgipe para construir a estrutura de escoamento que finalmente vai encerrar esse drama histórico. Projeto apresentado à Câmara, trâmites encaminhados, burocracia rolando — tudo dentro da lei, como manda o ritual.
Mas, claro, para a oposição isso não basta. Eles querem exigir da gestora em 11 meses o que eles próprios não entregaram em oito anos. Querem obra pronta sem projeto, muro sem alicerce, solução sem processo. A matemática deles é simples: se existe chuva, existe oportunidade — não de trabalho, mas de palanque.
O Terminal Rodoviário, que passou oito anos sem uma única manutenção preventiva, agora vira “motivo de escândalo” quando aparece um vazamento no telhado após um temporal histórico. É quase cômico, se não fosse trágico. E tem mais: as estradas vicinais, castigadas pelas chuvas, receberam ação imediata da prefeitura e do Governo do Estado, com Defesa Civil, equipe técnica, sinalização e reparos emergenciais. Mas isso, curiosamente, não vira postagem indignada nos perfis dos opositores.
A verdade é uma só: Umbaúba está enfrentando problemas reais — sim, causados pela chuva, mas agravados por anos de abandono. E quem abandonou é exatamente quem agora tenta posar de fiscal da moral pública.
A prefeita Juliana não tem varinha mágica, mas tem algo que faltou às gestões anteriores: iniciativa, projeto e coragem de começar o que ninguém começou. E isso, para alguns, dói mais do que qualquer enchente.












