Teatro da Contradição: Valmir nomeia Adailton como maquinista de sua gestão e revela que o ex-prefeito deixou Itabaiana fora dos trilhos

13/01/2025 às 18:48:32

Valmir de Francisquinho chegou à Prefeitura de Itabaiana como quem herda um carro velho cheio de batidas, com pneus carecas e um tanque seco, mas com a promessa de colocá-lo na Fórmula 1. Segundo o novo prefeito, o seu antecessor e aliado, Adailton Souza, teria deixado a administração "fora dos trilhos" e uma dívida monumental de R$ 35 milhões. A julgar pelas palavras de Valmir, Adailton pilotava a gestão com a precisão de um motorista bêbado dirigindo na contramão da BR-101.

Mas, em um giro que faria qualquer roteirista de comédia política chorar, o tal "mau gestor" foi premiado com um cargo estratégico: Secretário Municipal de Administração. Sim, é isso mesmo. Quem teria afundado a administração agora é o responsável por gerenciá-la. Se isso não é o conceito de colocar o lobo para cuidar do galinheiro, então estamos diante de uma obra-prima do surrealismo político.

Valmir reclama que a gestão estava "fora dos trilhos", mas nomeia como maquinista o mesmo sujeito que, segundo ele, descarrilhou o trem. É como se uma pizzaria contratasse um piromaníaco para cuidar do forno ou um fã de dieta cetogênica para vender pão. O cidadão olha para essa dança das cadeiras e só pode pensar: Itabaiana não precisa de um plano de governo; precisa de um roteirista da Netflix.

E aí entra o grande mistério. Se Adailton foi tão incompetente, por que confiá-lo a administração? Talvez Valmir acredite em reabilitação política, como quem crê que um pirata regenerado pode comandar a marinha. Ou talvez seja apenas a velha dança do compadrio: é melhor manter o aliado por perto, mesmo que seja um peso morto, do que correr o risco de vê-lo como adversário.

Enquanto isso, o povo de Itabaiana fica com a sensação de estar em um jogo de azar. E, como todo apostador experiente sabe, quando o cassino é comandado pelos mesmos de sempre, a casa ganha, e o cidadão perde – com juros, correção monetária e um toque de cinismo político.