Saúde intensifica ações de qualificação profissional durante o período da sazonalidade de doenças respiratórias em crianças

21/04/2025 às 10:21:19

Nesta quarta-feira, 16, o Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) reuniu médicos, enfermeiros e fisioterapeutas para mais uma atualização profissional. Desta vez, a iniciativa foi voltada ao manejo multidisciplinar da criança com bronquiolite, infecção que compromete as vias aéreas e acomete, geralmente, crianças menores de 2 anos.   

O encontro, promovido pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) da unidade hospitalar e da Unidade Pediátrica de Alta Complexidade Dr. José Machado Souza, por meio da área de Fisioterapia e suporte da gestão assistencial, visa ampliar o conhecimento, destacando a importância e atuação da equipe multidisciplinar na condução do paciente, além de fortalecer a assistência e o cuidado em toda a rede estadual. 

Segundo a fisioterapeuta e responsável técnica da especialidade na Unidade Pediátrica, Fernanda Gonçalves, o encontro foi idealizado para otimizar ainda mais o atendimento voltado a crianças com doenças respiratórias. “Entre os meses de março e julho, as doenças respiratórias são mais frequentes na pediatria, principalmente a bronquiolite. Na prática, sabemos que o manejo inicial faz toda a diferença na recuperação do paciente e o alinhamento da conduta de toda equipe, de uma forma sequencial, auxilia no tratamento e na melhoria da qualidade de vida das crianças acometidas pela patologia”, salientou.   

Entre as temáticas debatidas estão a classificação de risco das síndromes respiratórias agudas em pediatria, o protocolo estadual de sazonalidade pediátrica, o tratamento e o suporte ventilatório em crianças. “A atualização profissional é muito importante. O propósito principal é o resultado que se tem com a qualificação técnica que irá beneficiar diretamente os pacientes atendidos. É pensar em uma abordagem adequada e precisa que fará toda a diferença na recuperação dos pacientes”, enfatizou a fisioterapeuta Layra Dantas, que atua no NEP.   

Durante a programação também foram realizadas atividades práticas com oficinas de intubação orotraqueal em crianças, ventilação não invasiva (VNI) e os cuidados no leito. “Foi tudo muito interessante, relembrando vários fatores no atendimento crítico ao paciente. É importante para a nossa atuação e reforça a abordagem de forma segura e eficiente”, comentou a fisioterapeuta Clésia Silva, que atua no Hospital da Criança. 

“É de extrema importância para nós, profissionais, e para toda a equipe multidisciplinar a atuação de forma coesa para prestar o melhor atendimento, de forma mais célere. Cada avaliação importa, e é fundamental estar todo mundo alinhado com conhecimento da abordagem que deve ser fornecida ao paciente”, frisou a fisioterapeuta Ana Cristina Menezes, que atua no Huse e no Hospital da Criança.

Sobre a bronquiolite

De acordo com a médica pediatra que atua na Unidade Pediátrica do Huse, Joara Almeida, a bronquiolite é uma doença viral que acomete os bebês, geralmente crianças menores de dois anos. “É uma doença inflamatória, e tudo começa de uma simples gripe; aquela criança que, muitas vezes, chega sorrindo, mas que evolui muito rápido. De certa forma, a gente precisa trabalhar justamente uma terapia de suporte baseada na fisiopatologia”, explicou. 

“Como profissionais de saúde, temos que ter a percepção dessa melhora ou não dos sintomas e explicar para os pais, de forma clara, quais são os períodos que eles têm que ficar atentos aos sinais de alerta, como o piora do desconforto respiratório, aquela criança que não está comendo mais, que está prostrada, que começa a ficar sonolenta. O pico de piora nas 72 horas, após início dos sintomas tem que ser do conhecimento dos pais”, acrescentou a pediatra.

Plano de ação

Outras ações de combate à sazonalidade também têm sido realizadas. O plano envolve o fortalecimento da rede pediátrica por meio da ampliação de leitos, reestruturação das escalas de profissionais da saúde e a contratação de unidades de saúde para atendimento infantil neste período, além de outras medidas para reforçar a vigilância epidemiológica.

 

Fonte: Secom / Gov. Sergipe