Em um dos primeiros atos de sua gestão, o recém-empossado prefeito de Lagarto, Sérgio Reis (PSD), parece ter dado um passo decisivo na contramão das promessas feitas durante a campanha eleitoral. O que deveria ser um "novo jeito" de governar se transformou em indignação popular ao criar, em uma única "canetada", cerca de 360 cargos comissionados - os conhecidos CCs - que apresentam remunerações que chegam a impressionantes R$ 12 mil e R$ 15 mil, além de gratificações que podem atingir até 200%.

O decreto que institui essa significativa alteração no quadro de servidores também extingue a agência reguladora da cidade e cria um total de 24 secretarias, todas destinadas a abrigar aliados políticos do novo prefeito. Essa manobra, que já está gerando controvérsia, levanta um questionamento inquietante entre os moradores de Lagarto: a criação desses "cabides de empregos" seria uma estratégia para agradar a uma elite econômica e social que apoiou Sérgio Reis durante a campanha, tanto politicamente quanto financeiramente?

Nas ruas, o descontentamento é evidente. Moradores expressam sua indignação com a disparidade entre as promessas de transparência e renovação e a realidade de um governo que parece favorecer interesses pessoais em detrimento das necessidades da população. Para muitos, essa é uma clara traição aos princípios de mudança que foram amplamente discutidos durante a campanha eleitoral.

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