Morre o jornalista esportivo Paulo Soares, aos 63 anos

O jornalismo esportivo brasileiro perdeu, nesta segunda-feira (29), um de seus nomes mais carismáticos. Paulo Soares, conhecido nacionalmente como Amigão, morreu aos 63 anos. A notícia foi confirmada por colegas de profissão, entre eles o jornalista Alex Tseng, da ESPN.
“Descanse, Paulo. Você lutou bravamente. Ficam as lembranças, longas conversas, risadas... Gratidão por tudo nesses quase 40 anos de amizade”, escreveu Tseng em uma rede social.
A causa da morte não foi divulgada. Nos últimos anos, Amigão enfrentava problemas de saúde e chegou a passar por cirurgias, a mais recente na coluna, no início deste ano. O velório está marcado para a tarde desta segunda-feira, em São Paulo, a partir das 13h.
Uma trajetória marcada por talento e irreverência
Paulo Soares iniciou sua carreira no rádio, onde passou por importantes emissoras como Record, Globo, Bandeirantes, Estadão e Gazeta. Mais tarde, também se destacou na televisão, atuando na Gazeta, Record, Cultura, TVA Esportes e SBT.
Foi na ESPN Brasil, porém, que consolidou sua trajetória e se tornou um dos principais rostos do jornalismo esportivo nacional. Desde a década de 1990, Amigão esteve à frente de programas da emissora, com destaque para o SportsCenter, onde formou dupla memorável com o jornalista Antero Greco, falecido em 2024.
A parceria entre Amigão e Antero ficou marcada pelo bom humor, pelos trocadilhos criativos e pela leveza na condução do noticiário esportivo, conquistando gerações de fãs e tornando o programa um marco na televisão brasileira.
Com sua voz inconfundível e estilo irreverente, Paulo Soares deixa um legado de profissionalismo e paixão pelo jornalismo esportivo, além da memória afetiva de quem se acostumou a ouvir dele, no fim de cada edição: “É brincadeira, bicho!”.