Ao lado da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o ministro sergipano esteve ontem e hoje em Olinda e Teresina para ouvir movimentos sociais, pesquisadores e ambientalistas sobre o Plano Clima para os próximos 10 anos. 
Em Pernambuco, mais de 600 pessoas lotaram o auditório do Centro de Convenções para dizer o que gostariam de ver incluídos no planejamento, especialmente sobre o bioma Costeiro-Marinho, tema da plenária. Durante sua fala na plenária de Pernambuco, Macêdo defendeu que o Brasil, ao retomar a participação social, fez um movimento histórico. “O que estamos fazendo, governo e sociedade, é um marco histórico na política pública brasileira. O presidente Lula determinou que nós resgatássemos todos os conselhos de participação social deste país e eles estão em funcionamento hoje”, afirmou Macêdo.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, lembrou que a participação da sociedade garante sustentabilidade política ao Plano. “A gente fala muito em sustentabilidade econômica, social e ambiental, mas a gente não fala em sustentabilidade política. E é insustentável politicamente ter um governo negacionista e autoritário que não se dispõe a fazer o que estamos fazendo aqui”, disse a ministra Marina. Em Pernambuco, a governadora do estado, Raquel Lyra, o ministro André de Paula, da Pesca e o senador Humberto Costa (PT-PE) também participaram da plenária sobre o bioma Costeiro-Marinho.
Logo depois da plenária em Pernambuco, a comitiva embarcou para Teresina, capital do Piauí, onde, na manhã de hoje, 2, realizou a plenária que debateu os desafios climáticos no bioma da Caatinga. No Piauí, a caravana do Plano Clima Participativo contou com a presença do ministro Wellington Dias, do desenvolvimento e assistência social, família e comunidade. O governador do estado, Rafael Fontelles, o vice-governador, Temístocles Filho e outras autoridades piauienses também participaram da Plenária do Plano Cima.
Márcio Macêdo anunciou o recorde de participação na plataforma nos últimos dois dias, após as plenárias de Brasília e de Olinda, o Brasil Participativo reuniu mais de 5 mil acessos, totalizando mais de 96 mil acessos desde 5 de junho e desafiou os piauienses: “Quero ver se o Piauí vai bater esse recorde de participação lá de Pernambuco”. Para Márcio Macêdo, as plenárias promovem o encontro de duas políticas muito queridas pelo presidente Lula: a política ambiental e a política de participação social. “Nós temos muito orgulho da missão de ouvir o povo, determinada por ele.” afirmou Macêdo.
Marina Silva destacou a resistência e a beleza da caatinga e falou das principais ameaças ao bioma como a desertificação. Ela relatou casos conhecidos de desertificação e disse que é fundamental frear o desmatamento. “Não dá para continuar desmatando a Caatinga, o Cerrado, a Mata Atlântica, destruindo o Pampa e o Pantanal. Isso tem que parar, por isso o compromisso do presidente Lula é com desmatamento zero.” acrescentou Marina.
“Neste momento, aqui, nós estamos tratando de um risco da própria vida, do desequilíbrio do planeta. É claro que os mais afetados são os mais pobres, do Brasil e do mundo” alertou o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Comunidade que participou da plenária Plano Clima. 
O lançamento do ciclo de plenárias foi em Brasília, na última terça-feira, 30 de julho. Cada encontro representa um bioma específico. Depois da Caatinga, em Teresina, os próximos serão: Amazônia, em Macapá (AP); Cerrado, em Imperatriz (MA); Pantanal, em Campo Grande (MS); Mata Atlântica, em São Paulo (SP); e Pampa, em Porto Alegre (RS).