Márcio Macedo faz encontro inédito para o G20 Social com sociedade civil organizada
Representantes dos 13 grupos de engajamento que integram o G20 Social estiveram em Brasília para participar do I Encontro Ampliado dessa nova trilha do G20. A trilha que garante a participação das sociedades dos países do G20 foi criada pelo presidente Lula que entregou a missão de dar forma e organizar a novidade ao ministro sergipano, Márcio Macêdo.
Os grupos de engajamento são organizados pela sociedade civil dos países, cada um com um assunto relevante para o debate de propostas para construção de um mundo mais justo e sustentável. Os temas vão desde mulheres, trabalho, juventude, startups, oceanos, a tribunal superiores e parlamentos.
O G20 Social tem o objetivo de integrar as conclusões dos principais debates dos grupos de engajamento, de encontros do governo com os movimentos sociais e populares, e inseri-los nas discussões das duas trilhas tradicionais do G20: a geopolítica e a de finanças. É a maneira de levar a voz das populações e suas propostas para a elaboração de políticas que vão impactar as sociedades de boa parte do planeta. É a primeira vez na história do G20 que essa a articulação com a sociedade está sendo feita desta forma. Até a presidência brasileira, os grupos de engajamento acompanhavam de forma paralela.
Estiveram reunidos autoridades do governo federal e representantes das das trilhas de Finanças, o diplomata Antonio Freitas, e o negociador brasileiro da trilha geopolítica, o embaixador Mauricio Lyrio.
Marcio Macedo falou sobre a importância do ineditismo do G20 Social e do encontro em Brasília. “Considero esse momento muito significativo e como toda ação inédita, o G20 Social requer de quem protagoniza o processo muito trabalho, tolerância e capacidade de inclusão. O importante é que seja um espaço democrático, capaz de assimilar as dores, angústias e necessidades dos nossos povos”, disse o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República.
“Do ponto de vista substantivo, os objetivos traçados pela presidência brasileira já são derivações da participação de movimentos sociais, como a questão do combate à fome e à pobreza, com o fortalecimento da agricultura familiar e a criação de programas de transferência de renda e alimentação escolar. Então, é reconhecido na comunidade internacional que nos países que essas políticas foram bem sucedidas a participação popular foi fundamental”, complementou o sherpa Mauricio Lyrio, ao reforçar a necessidade da participação dos movimentos sociais para as elaborações do G20.
Os representantes dos grupos de engajamento destacaram a importância da criação do G20 Social e a necessidade de que, daqui pra frente, nas presidências de outros países do bloco, as propostas e recomendações da sociedade civil organizada sejam levadas em conta de forma permanente.
O ponto alto do G20 Social será a Cúpula Social do G20, entre os dias 14 e 16 de novembro, no Rio de Janeiro.