O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste domingo (20) para Kazan, na Rússia, onde participará da 16ª Cúpula dos Brics, que ocorre de 22 a 24 de outubro. Com a inclusão de cinco novos países – Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos – este será o primeiro encontro do bloco ampliado, que originalmente contava apenas com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A presidência dos Brics, atualmente sob a Rússia, será transferida para o Brasil em 1º de janeiro de 2025. Durante a cúpula, os líderes discutirão a criação de uma nova categoria de países parceiros, uma proposta que começou a ser debatida na reunião anterior do grupo, realizada na África do Sul.

Lula deve retornar ao Brasil na noite de quinta-feira (24) após um jantar de boas-vindas oferecido por Vladimir Putin aos líderes presentes. O encontro acontece em um momento delicado nas relações internacionais, especialmente após Putin anunciar que não comparecerá ao G20, que será realizado no Rio de Janeiro em novembro. O presidente russo justificou sua ausência alegando que a discussão no evento estaria excessivamente focada no Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de prisão contra ele no ano passado, em meio ao conflito com a Ucrânia.

A decisão de Putin de não participar do G20 vem a público após um pedido da Ucrânia às autoridades brasileiras para que cumpram o mandado de prisão. As tensões entre Rússia e Ucrânia, que se intensificaram desde o início da guerra em fevereiro de 2022, continuam a influenciar o cenário político global e a dinâmica das reuniões internacionais.

Com a presença de Lula na cúpula dos Brics, o Brasil reafirma seu papel de liderança em um bloco que busca maior representatividade e cooperação entre países emergentes. A expectativa é que as discussões em Kazan resultem em novas iniciativas para fortalecer laços comerciais e políticos entre as nações participantes.

Com informações extraídas do portal R7