Emília ironiza vice e isolamento de Ricardo Marques fica cada vez mais evidente

Mais uma vez, o vice-prefeito de Aracaju, Ricardo Marques (Cidadania), foi tratado com ironia e desdém pela prefeita Emília Corrêa, expondo publicamente o desgaste na relação entre os dois e aprofundando o clima de instabilidade política dentro da própria gestão municipal.
Questionada sobre a presença do vice em uma confraternização com comunicadores e membros da imprensa sergipana e aracajuana, Emília minimizou o tema e, em tom irônico, afirmou que ele não precisaria sequer de convite para participar. Na sequência, deixou escapar uma frase emblemática: “a vida é feita de escolhas”, sinalizando que o vice-prefeito teria tomado seus próprios caminhos.
Apesar de afirmar que “respeita” Ricardo Marques, a prefeita fez questão de frisar que segue “tocando a sua gestão” e que “Deus está abençoando o caminho”, em um recado claro de distanciamento político e pessoal.
O episódio soma-se a uma sequência de ruídos dentro das hostes da Prefeitura de Aracaju, que já enfrentam divergências públicas envolvendo nomes ligados à disputa pelo Senado, como Rodrigo Valadares e Eduardo Amorim, e agora escancaram a fratura entre prefeita e vice.
Ricardo Marques, que recentemente tentou fazer um gesto de reaproximação ao núcleo de oposição ao governador Fábio Mitidieri, por meio de críticas públicas ao lançamento da chapa governista, parece ainda estar no limbo político que a prefeita tenta mantê-lo. Ao mesmo tempo, em que tenta manter pontes com grupos ligados a Emília — orbitando figuras como Valmir de Francisquinho e o deputado federal Thiago de Joaldo — Ricardo não consegue mais evitar o isolamento crescente dentro da própria administração municipal.
O fato é que, apesar dos sinais de desvalorização, Ricardo tem mantido uma postura passiva, evitando o confronto direto, mesmo acumulando episódios de constrangimento público. A pergunta que começa a ecoar nos bastidores da política sergipana é inevitável: até quando ele aceitará ser tratado de forma tão humilhante e vexatória?
Ao fechar portas com o governo estadual e, ao mesmo tempo, perder espaço dentro da gestão municipal, Ricardo Marques corre o risco de se transformar em apenas uma “legenda de luxo” para projetos eleitorais de terceiros, servindo como base para candidaturas a deputado federal, a exemplo do que se desenha no campo oposicionista com nomes como Ícaro de Valmir e Thiago.
Entre o silêncio e a reação, o vice-prefeito vive seu momento mais delicado. Permanecer no conforto da ambiguidade pode custar caro. E, na política, quem não escolhe um lado geralmente acaba sendo descartado por todos.











