Em sequência de atitudes individuais, Valmir planeja influenciar gestão de Emília em Aracaju
O prefeito eleito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), estaria tentando emplacar um aliado em uma pasta importante na prefeitura de Aracaju, que será comandada por Emília Correia (PL) a partir de janeiro de 2025. Para isso, Valmir, que não aceitou recuar de uma candidatura impugnada ao governo estadual em 2022, agora tenta capitalizar politicamente sob o esteio da vitória já previsível de Emília no segundo turno na capital. Neste momento, ele estaria utilizando mensageiros da política e da imprensa para pressionar a nova prefeita, buscando garantir um amplo espaço na administração da capital.
Entretanto, Emília Correia, que não é tola, deve estar atenta às investidas de Valmir, que tem interesse na estrutura da prefeitura de Aracaju, especialmente porque planeja ser candidato ao governo do Estado novamente, caso a Justiça Eleitoral decida a seu favor em um processo por improbidade administrativa.
Fontes bem informadas afirmam que Emília não esqueceu o gesto individualista de Valmir nas eleições de 2022, quando ele não apoiou sua candidatura como substituta na disputa. Se Valmir tivesse confiado na advogada naquela ocasião, ela poderia estar agora na posição de governadora. Por isso, vários setores da imprensa estão cogitando a possibilidade de que a nova prefeita da capital apresente o nome de seu vice, Ricardo Marques (Cidadania), como candidato ao governo em 2026, frustrando os planos de Valmir e reforçando sua confiança em Marques.
Um indício do desconforto dentro do PL sergipano foi a declaração do deputado estadual Marcos Oliveira (PL), de Itabaiana. Ao comentar uma matéria postada por outro meio de comunicação nas redes sociais, que informava sobre a possibilidade de Valmir ser preterido dentro do próprio partido, o deputado desabafou: "Seria bom dizer logo quem está querendo trair Valmir e está buscando encontrar desculpas", questionou o aliado de Valmir ao pressentir o desgaste do seu líder dentro do bloco de oposição ao governo estadual.
Pelo visto, a forma egocêntrica de Valmir tentar construir relações políticas, personalizando todas as atenções apenas para si e evitando compartilhar o poder com os demais, parece não estar agradando a vários correligionários importantes de seu próprio agrupamento. Antes de querer se apresentar como o candidato do "povão", Valmir precisa compreender que deve se viabilizar como o representante de um grupo. O individualismo é um péssimo caminho!