Cássio Murilo quer libertar o PT em Sergipe do controle dos mandatos e fortalecer decisões da base

No próximo domingo, 6 de julho, o PT sergipano realiza um Processo de Eleição Direta (PED) considerado decisivo para o futuro da legenda. A disputa coloca em xeque a hegemonia da corrente ligada ao senador Rogério Carvalho, diante da candidatura do filósofo Cássio Murilo, que defende o fortalecimento da base militante e o rompimento com a centralização das decisões nos mandatos parlamentares.
“Essa candidatura representa para nós uma libertação do PT”, afirma Cássio, que tem feito duras críticas à atual condução partidária. Segundo ele, o debate interno foi sufocado, as instâncias esvaziadas e o partido acabou se tornando uma extensão dos mandatos, afastando a militância das decisões estratégicas.
Entre os símbolos desse esvaziamento, Cássio destaca a perda da sede histórica do PT em Aracaju — espaço que por décadas foi referência de convivência, formação política e expressão cultural. Para ele, esse episódio retrata a desconexão do partido com suas raízes e com sua identidade.
Como alternativa, Cássio propõe a repolitização do PT, com a retomada dos núcleos de base, formação política da juventude e construção de um projeto estratégico para Sergipe. “Precisamos devolver a palavra à militância e voltar a pensar o futuro com coragem e participação.”
Sua candidatura ganhou impulso com o apoio da ex-vice-governadora Eliane Aquino, que fortalece o vínculo entre Cássio e o legado de Marcelo Déda. Ao lado de Eliane, ele busca reacender no partido o espírito de diálogo e o compromisso com os movimentos sociais e com a população.