Campanha contra Matheus Chagas é preconceito racial

10/11/2025 às 13:30:44

O advogado Matheus Chagas, 41 anos, 18 anos de exercício profissional, um jovem de cor parda, candidato a desembargador pelo Quinto Constitucional, está sendo vítima de um verdadeiro massacre preconceituoso por parte de alguns setores políticos e, lamentavelmente, também por parte de alguns colegas radicais, desinformados ou invejosos.

Essa tropa de deslegitimadores dessa candidatura, que entrou na OAB com pedido de impugnação, presta apenas um desserviço social e racial de dimensão criminosa.

A candidatura de Matheus é legal, legítima e intocável do ponto de vista jurídico e do ponto de vista moral.

Matheus segue firme com sua campanha para desembargador, pelo Quinto.

Matheus Chagas é de fruto do colorismo a que o Brasil foi artiladamente submetido, declarou-se pardo há 18 anos quando obteve o registro de advogado pela OAB de São Paulo, onde formou-se bacharel em direito pela USP, antes de voltar a Sergipe e atuar normalmente, esse tempo  todo, na advocacia sergipana e brasileira.

Quando se inscreveu recentemente no Quinto Constitucional, foi rigidamente examinado - assim como todos os outros pré-candidatos - pela Comissão de Heteroidenticação  da OAB-SE e, claro, Matheus foi devidamente aprovado, por unanimidade.

Ninguém protestou naquela ocasião.

 Mas, bastou que seu nome - por conta de seu currículo e de sua história - começasse a crescer e a aparecer como um dos prováveis integrantes da Lista Sêxtupla que será eleita no próximo dia 19, para que defensores de outras candidaturas concorrentes diretas no campo da Cota Racial iniciasse processos de perseguição, prática de infâmia, injúria e difamação do jovem advogado.

Reconhecer que o debate sobre raça e colorismo é legítimo, é fundamental, afinal de contas, a maioria da população brasileira autodeclarada é parda, e não preta, mas isso não pode ser usado como instrumento de perseguição individual. O combate ao racismo não deve se transformar em “tribunal racial” entre os próprios negros. 

Velhas raposas da OAB que ainda não digeriram a surra eleitoral que levaram da atua direção, especialmente da jovem advocacia atuam nos bastidores para eleger seus pupilos - o que até aí é normal - e para destruir moralmente seus adversários, mesmo que seja alguém com uma história limpa e coerente com é o caso da história do advogado Matheus Chagas.

O movimento articulado da advocacia negra na OAB, através de uma de sua principais lideranças, a doutora Clara Arlene, já se pronunciou em defesa efetiva de Matheus Chagas. Ela deu um chega lá bem dado naqueles que questionam indevidamente à autodeclaração de um advogado negro.

Nas redes sociais e na mídia centenas de outras advogadas e outros advogadas defendem o colega com veemência e também se sentem atingidos, em seus direitos sociais, por essa campanha insana patrocinada por grupos políticos internos e externos.

Tolos e imbecís.
Acabaram dando um tiro no pé. 
A campanha do doutor Matheus Chagas está crescendo cada vez mais e alguma pesquisas qualitativas e quantitativas - feitas para consumo interno - estão gerando pânico entre os neofacistas. 

Matheus Chagas, com seu rico histórico e seu perfil de profissional competente e honrado, avança bem em sua campanha no Quinto Constitucional e afirma-se como uma nova liderança da jovem advocacia, como um nome de destaque entre os negros e os pardos, também junto às mulheres, enfim, como uma figura querida, admirada é respeitada por toda a advocacia.

Aos que o abordam sobre o assunto, Matheus reage com civilidade e bom humor: “…vamos em frente. Viva a democracia e a advocacia”.

 

Por Flavão Fraga