Transbordo do lixo em Socorro volta para a Torre e pode gerar colapso no serviço

O município de Nossa Senhora do Socorro pode enfrentar novas dificuldades na gestão do lixo após decisão liminar do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE). A determinação estabelece que os resíduos voltem a ser encaminhados ao ponto de transbordo da empresa Termoclave, do Grupo Torre, e não mais para a Orizon.
A medida preocupa, porque a Termoclave já havia provocado transtornos em maio, quando não conseguiu atender à demanda do município. Entre os principais problemas está o horário reduzido de funcionamento: das 7h às 17h, de segunda a sábado. Essa limitação impede o recebimento do material coletado no fim do dia e à noite, provocando filas de caminhões na porta da unidade e atrasos na coleta.
Outro entrave é a ausência de uma balança em operação. Com isso, caminhões e caçambas precisam se deslocar previamente a outro local para pesar os resíduos antes do descarte, aumentando em cerca de duas horas o tempo do processo.
A situação é reflexo de disputas envolvendo a licitação do serviço. Em 2023, a Termoclave venceu o certame, mas a empresa Rosário do Catete, que operaciona o ponto de transbordo Orizon, questionou o processo alegando irregularidades. Em 2025, o TJSE decidiu anular a licitação, o que levou à formalização de um contrato emergencial com a empresa Rosário do Catete.
Apesar do impasse jurídico e das dificuldades operacionais enfrentadas no transbordo, a coleta de lixo domiciliar em Nossa Senhora do Socorro segue em funcionamento regular. O desafio, neste momento, concentra-se na destinação correta e no escoamento dos resíduos já recolhidos, etapa que depende do ponto de transbordo e que poderá sofrer atrasos caso a estrutura da empresa não seja suficiente para absorver a demanda.