Sérgio pede afastamento do cargo em meio a empréstimo polêmico; Vice aceita missão espinhosa por vaidade e acordos

A redação recebeu informações de que o prefeito de Lagarto, Sérgio Reis (PSD), solicitou afastamento temporário do cargo alegando assuntos pessoais. Nos bastidores da política local, porém, circula a suspeita de que o verdadeiro motivo seria tentar escapar do desgaste provocado pela aprovação de um empréstimo de aproximadamente R$ 92 milhões, enviado recentemente à Câmara de Vereadores.
Enquanto o prefeito evita a pressão pública, a vice-prefeita Suely Menezes, motivada pela vaidade de ocupar o comando do executivo municipal e também por supostos acordos políticos anteriores em que a vice trocaria de função com o titular em momentos de maior desgaste, aceitou assumir a prefeitura. De quebra, assinou documento, encaminhado a Câmara de Vereadores, referente a pedido de autorização de empréstimo que tem gerado fortes críticas na cidade.
O pedido de empréstimo prevê investimentos em energia renovável e iluminação pública. No entanto, moradores questionam o valor exorbitante solicitado, que ultrapassaria o necessário, e ressaltam que o município já arrecada mensalmente a Contribuição de Iluminação Pública (CIP) e recebeu recursos da concessão privada da DESO, dos quais a ex-prefeita Hilda Ribeiro deixou R$ 17 milhões e o atual prefeito recebeu mais R$ 16 milhões da segunda etapa. Muitos acreditam que um planejamento financeiro mais rigoroso poderia evitar essa operação de crédito que ameaça comprometer o equilíbrio fiscal de Lagarto.
A proposta de empréstimo deixa questionamentos sobre transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos, enquanto a população acompanha preocupada e estarrecida os desdobramentos dessa polêmica.