PF desmantela grupo que planejava matar ministros do STF e parlamentares

Uma operação da Polícia Federal realizada nesta quarta-feira (28) expôs um esquema alarmante: um grupo criminoso — que se autodenominava Comando C4 — oferecia serviços de espionagem e execução de autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal como Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes, além de parlamentares como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A quadrilha, formada por militares da ativa e da reserva, operava com uma tabela de preços: ministros do STF custavam R$ 250 mil, senadores R$ 150 mil e deputados federais R$ 100 mil. O grupo foi descoberto durante a apuração do assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em 2023, em Cuiabá (MT).
Cinco integrantes foram presos: Aníbal Manoel Laurindo (apontado como mandante), coronel Luiz Cacadini (financiador), Antônio Gomes da Silva (atirador), Hedilerson Barbosa (intermediador e dono da arma) e Gilberto Louzada da Silva.
Nos materiais apreendidos, a PF encontrou anotações com nomes de ministros, congressistas e outras autoridades públicas como alvos do Comando C4, sigla para “Caça a Consumistas, Corruptos e Criminosos”. A operação, autorizada por Zanin, também investiga possíveis conexões com a venda de sentenças judiciais em tribunais estaduais.
A gravidade do caso reacende o alerta sobre a infiltração de células extremistas nas instituições públicas e o risco direto à integridade do sistema democrático brasileiro.