Existe uma máxima popular que diz que “Deus escreve certo por linhas tortas”, referindo-se a situações que, à primeira vista, parecem desfavoráveis, mas que depois se revelam acertadas. Pelo visto, a perda do deputado Gustinho Ribeiro no comando estadual do Republicanos — que inicialmente soava como um enfraquecimento político — pode ter se transformado em uma excelente oportunidade.

Gustinho, que como dirigente partidário precisava gastar energia na montagem de chapas ao mesmo tempo em que cuidava da própria pré-candidatura, agora se vê livre dessa tarefa extra e pode concentrar-se exclusivamente no seu projeto eleitoral. Ao aceitar o convite pessoal feito pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e filiar-se ao Progressistas, o deputado ingressa com prestígio em uma legenda que, em Sergipe, é liderada por um aliado com quem mantém ótima relação: o senador Laércio Oliveira.

Além de encontrar um ambiente favorável para disputar uma vaga de deputado federal, Gustinho chega a um partido que deve formar federação nacional com o União Brasil, comandado politicamente pelo sergipano André Moura. Sua presença tende a fortalecer uma chapa que, até então, não tinha certeza se conseguiria eleger dois deputados federais em Sergipe. Com Gustinho integrado à Federação União–Progressistas no estado, a perspectiva de garantir duas cadeiras torna-se sólida — e, caso nomes como Yandra Moura, Levi Oliveira e o próprio Gustinho tenham votações acima do esperado, pode até haver espaço para conquistar uma terceira vaga.

Com o apoio declarado de cerca de 14 prefeitos e diversas lideranças locais, e sem o peso de montar chapas, Gustinho se filia a um partido que possui prestígio nacional e local. Assim, pavimenta um caminho político mais seguro para si e, ao mesmo tempo, contribui para o fortalecimento de uma federação que deverá se beneficiar de sua força eleitoral para ampliar a representação sergipana no Congresso. Ou seja, algo bom para todos!