| Por Flavão Fraga 

Durante a sessão desta quinta-feira (12) na Câmara Municipal de Aracaju, o vereador Elber Batalha (PSB), líder da oposição, voltou a criticar duramente a gestão da prefeita Emília Corrêa (PL) por conta dos contratos da coleta de lixo na capital. Segundo o parlamentar, a suposta economia de R$ 30 milhões alardeada pela Prefeitura não passou de uma ilusão, desmentida pelo aumento de custos e pela precarização dos serviços e dos trabalhadores.

“A única coisa que a gestão usava como justificativa e motivo de orgulho — a retirada da antiga empresa como marco de economia — foi por água abaixo. A Prefeitura deve uma explicação à sociedade: o que mudou do contrato da Renova para o da Ramac para justificar um acréscimo de R$ 27 milhões prestando o mesmo serviço?”, questionou Elber.

De acordo com o vereador, os custos com a coleta de lixo dispararam: o Lote 1 passou de R$ 18 milhões para R$ 30 milhões e o Lote 4 saltou de R$ 25 milhões para R$ 40 milhões. Para Elber, ou a gestão subdimensionou o contrato emergencial com a Renova — o que explicaria os serviços mal prestados — ou forçou uma falsa economia que recaiu sobre os ombros da população e da classe trabalhadora.

O parlamentar também denunciou as condições enfrentadas pelos garis e demais trabalhadores da limpeza urbana. “A base salarial era de R$ 2.450. No contrato com a Renova, foi reduzida para R$ 1.700. Em quatro meses, foram três paralisações por atraso de salário. Essa economia feita às custas do suor dos trabalhadores é inaceitável”, afirmou.

Elber ainda criticou a falta de transparência na operação da empresa Ramac, que passou a utilizar a garagem da antiga empresa Progresso, sem que o município tenha explicado os critérios da mudança contratual. Ele defendeu que a regra deve ser sempre a licitação pública, e não contratações emergenciais. “Não se governa com improviso”, concluiu.