A maioria dos jovens de Lagarto que cursa o ensino superior afirma planejar deixar o município após a conclusão da graduação, em busca de emprego e melhores oportunidades. Os dados da PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – indicam que a economia lagartense atravessa um momento difícil em 2025, durante a gestão do prefeito Sérgio Reis.

Enquanto a taxa de desemprego no Brasil, no segundo semestre, é de 5,8%, em Lagarto o índice chega a 10%, quase o dobro da média nacional.

Os empregos formais também diminuíram: passaram de cerca de 17 mil, na gestão anterior, para 13 mil trabalhadores com carteira assinada atualmente. Sem perspectivas de inserção no mercado de trabalho, jovens entrevistados em uma pesquisa recente revelaram não acreditar em melhorias na economia local sob a atual administração. Muitos afirmam que pretendem buscar oportunidades na capital, Aracaju, ou até em outros estados.

A situação do desemprego se agravou, segundo análises locais, em razão da falta de habilidade política e da visão limitada do prefeito Sérgio Reis na área econômica. Por questões pessoais e desentendimentos com empresários, o gestor teria deixado o Grupo Maratá instalar parte de suas operações para Alagoas, onde a empresa investe cerca de R$ 400 milhões na construção de uma nova fábrica, gerando aproximadamente 600 empregos diretos e indiretos. O novo moinho será um dos seis maiores do país e deverá impulsionar significativamente a economia alagoana.

Com apenas nove meses de mandato, Sérgio Reis enfrenta forte desgaste político e já é apontado por parte da população como um dos piores prefeitos da história de Lagarto. Recentemente, ele teve o diploma cassado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico, permanecendo no cargo apenas graças a um recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SE).