Dados do Ministério da Saúde apontam caos na saúde básica de Lagarto sob a gestão Sérgio Reis

12/06/2025 às 17:52:24

Dados oficiais do Ministério da Saúde, por meio do programa Previne Brasil, referentes ao primeiro quadrimestre deste ano, revelam a situação crítica da saúde básica no município de Lagarto, sob a gestão do prefeito Sérgio Reis (PSD).

O levantamento oficial mostra que o município apresentou um dos piores desempenhos em Sergipe quando se trata da Atenção Primária à Saúde (APS). De acordo com o Indicador Sintético Final (ISF) — métrica utilizada pelo Ministério para avaliar a qualidade dos serviços básicos de saúde — Lagarto registrou um índice de apenas 6,47 entre janeiro e abril de 2025. O número representa uma queda de mais de 21% em relação ao mesmo período de 2024, quando o município alcançou um ISF de 8,23, sob outra gestão.

Essa queda não é apenas técnica, mas simbólica. Ela evidencia uma interrupção em políticas de continuidade, falhas na gestão de equipes de saúde da família, desorganização nos serviços de acompanhamento de gestantes, crianças, hipertensos e diabéticos, além da baixa cobertura vacinal — todos critérios avaliados pelo Previne Brasil.

Com o baixo desempenho, Lagarto corre o risco de perder parte significativa dos repasses federais que financiam a Atenção Básica. Em tempos de recursos escassos, isso significa menos médicos, menos medicamentos e mais sofrimento para quem depende do sistema público de saúde.

A situação acende um alerta não apenas para a população, que já começa a sentir os efeitos na ponta, mas também para os órgãos de fiscalização e controle. A saúde básica é a porta de entrada do SUS e seu enfraquecimento compromete toda a rede.

Moradores relatam dificuldades crescentes para conseguir atendimentos, exames de rotina e acompanhamento para condições crônicas. Unidades com estrutura precária e falta de profissionais tornam-se a realidade cotidiana de uma cidade que, até pouco tempo, era referência regional em políticas públicas de saúde.

A queda no ISF, embora expressa em números, tem impactos diretos na vida de milhares de lagartenses. O dado revela não apenas uma gestão mal avaliada, mas um projeto de governo que, ao menos no campo da saúde, ainda não mostrou a que veio.