Desembargador do TJ-PR afirma que mulheres estão loucas atrás de homem, OAB pede afastamento cautelar
A Ordem dos Advogados do Paraná posicionou-se firmemente neste sábado, requerendo o afastamento imediato do desembargador Luís Cesar de Paula Espíndola do Tribunal de Justiça do estado, além de sua remoção da 12ª Câmara Cível do TJ-PR. As declarações machistas proferidas durante um julgamento envolvendo assédio entre um professor e uma aluna foram o ponto central da controvérsia.
Segundo o documento assinado pela presidente da OAB-PR, Marilena Winter, é essencial o afastamento preventivo do desembargador até que os fatos sejam devidamente esclarecidos. Durante as discussões sobre uma medida protetiva para a estudante, Espíndola fez comentários depreciativos, sugerindo que as mulheres estariam "loucas atrás de homem", além de minimizar a seriedade do caso de assédio.
As palavras do magistrado foram interpretadas como um desrespeito grave às mulheres, frequentemente vítimas de diversas formas de violência. O corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, iniciou um procedimento disciplinar contra o desembargador, que agora tem quinze dias para apresentar esclarecimentos ao CNJ.
A repercussão das declarações nas redes sociais levou o magistrado a afirmar que não pretendia menosprezar as mulheres, reiterando seu compromisso com a igualdade de gênero.