Comportamento vaidoso e vitimista de Valmir o levará a trilhar um caminho semelhante ao de Sukita?
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As recentes declarações do atual prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), durante uma entrevista na rádio Itabaiana FM, repercutiram tanto entre aliados quanto entre adversários políticos e me fizeram recordar a trajetória do político capelense Manoel Sukita. Na ocasião, Valmir, em tom de superioridade, tentou menosprezar o atual governador, Fábio Mitidieri (PSD), afirmando que este só se lançaria como candidato à reeleição caso ele não pudesse concorrer. Além de desafiar adversários com deboche, Valmir também desdenhou de seus próprios aliados do PL, insinuando que alguns estariam tentando negociar seu passe sem sua permissão. Em um gesto de arrogância, declarou ser o responsável por erguer, sozinho, o projeto do PL em Sergipe. Essa afirmação revela um individualismo preocupante, pois ignora a importância dos irmãos Amorins, que foram os líderes iniciais desse projeto. Sem o apoio do então senador Eduardo Amorim, Valmir talvez não tivesse alcançado a expressiva liderança que possui em Itabaiana. Contudo, como Valmir não costuma demonstrar gratidão – a exemplo da traição que impôs à família do saudoso líder Chico de Miguel – ele agora se apresenta como autossuficiente e infalível.
Na verdade, esse descontentamento recente de Valmir evidencia sua tristeza e frustração ao ver surgir no seu PL uma nova e forte liderança, representada por Emília Correia, o que o impede de ser a única estrela partidária.
Quando afirmamos que a trajetória de Valmir se assemelha à de Sukita, é porque ambos possuem um histórico processual negativo e cultivam uma personalidade vitimista, tentando atribuir a culpa por suas prisões e processos administrativos a seus adversários. Eles revelam uma incapacidade de trabalhar em grupo e de reconhecer a importância dos aliados, além de tentarem construir projetos pessoais de poder, visando expandir sua influência no estado a partir de suas bases locais, como se esses redutos fossem novas repúblicas a serem instaladas em Sergipe.
Essa postura adotada por Valmir de desafiar e constranger irresponsavelmente adversários, aliados e até autoridades judiciais remete à conduta de Sukita e pode resultar em um futuro político isolado e condenado em todas as instâncias. O acúmulo de desafetos abre caminho para esse cenário. Afinal, a política é um "esporte" coletivo e costuma punir aqueles que se lançam em "carreiras solo" vaidosas.